Poesias pandêmicas

É a questão da solidão. Ela vem sorrateira e às vezes quer dominar, mas nada como um fim de tarde, um olhar de uma criança que essa sensação faça eliminar.
A dor tangente e aflorada na alma se dissipa
Sempre apreciando o que é simples, como o filho empinando pipa
Ao redor, pessoas isoladas, que nem se dão bom dia
O relógio acelera, numa pressa infindável que contagia
A alegria de uma vida inventada com traços
Tão ilusória que é necessário beliscar os braços
Porque tem burocracia que o homem cria para manter a sanidade
Tão inútil, tão fútil, que não passa de mera mediocridade
E pode ser por acidente, por um carro, um caminhão
A vida é ceifada e se Deus quer, não há quem diga não
Porque tudo não passa de instante, uma fumaça
Que se esvai ao soprar do vento por onde passa
E o hoje pode nem se tornar amanhã
Então aproveite e viva o bem, para uma morada em Canaã...

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